Se confirmado este índice, será o terceiro ano seguido sem ganho real para os aposentados. A perda acumulada fica em 10,4%, na comparação com o salário mínimo nacional.
“A renda dos aposentados que recebem acima do piso sofre muito no governo Dilma. Até o momento, a perda é de 7,5% e pode chegar a 10,4% em janeiro, caso seja mantida a política da mão fechada”, disse Paulo José Zanetti, diretor institucional do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical).
Um aposentado que recebia, por exemplo, R$ 1 mil em 2010 tem hoje um beenfício de R$ 1.180,25. Pela reivindicação dos aposentados, que exige a mesma valorização do salário mínimo, o valor dessa aposentadoria deveria ser de R$ 1.303,03, ou seja, o segurado deixa de receber R$ 122,78 por mês da Previdência Social.
“O governo diz que não tem dinheiro para o reajuste dos aposentados, mas consegue abrir mão de impostos para beneficiar os empresários. A renúncia fiscal do IPI, por exemplo, seria suficiente para garantir o ganho real dos benefícios por um índice dez vezes maior do que o pedido pelo sindicato”, disse Zanetti.
Em 2010, ainda no governo Lula, os aposentados receberam um reajuste de 7,72%, ante uma inflação de 3,45%. Nos dois anos seguintes, no governo Dilma Rousseff, os reajustes foram iguais ao índice de inflação pelo INPC: 6,47% (em 2011) e 6,08% (em 2012).
No Piso: Com um reajuste sem ganho real, os benefícios do INSS sofrem um processo de achatamento e mais segurados passam a receber o piso da Previdência (de um salário mínimo). Segundo o levantamento do Sindnapi, desde 2010, cerca de 600 mil segurados que se aposentaram com um valor acima do piso estão recebendo um salário mínimo. “Isso causa uma grande insegurança, pois a política de valorização do salário mínimo pode mudar depois de 2015”, disse Zanetti.
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